“É prematuro apontar as causas do incidente na Barragem de Atalho”, diz coordenador do MDR
As causas do acidente na Barragem de Atalho, em Brejo Santo, que ocasionou a morte de três operários no fim da tarde desta segunda-feira (8) ainda não foram identificadas. De acordo com o coordenador geral de Obras do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Tiago Portela, “ainda é muito prematura apontar o que teria ocasionado o incidente” na válvula da tubulação do reservatório.
A barragem recebe águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (Pisf) e estava em operação de testes. Ainda segundo Tiago, no momento do acidente, dois operários estavam fazendo ajustes na tubulação e um realizava o monitoramento. Os três foram atingidos pela força da água e morreram.
Eles foram identificados como Mizael Brasil dos Santos e Heyder Pereira da Silva, ambos técnicos de montagem; e Nivaldo Bueno de Camargo, engenheiro mecânico. O quarto atingido foi Valdir Fernando dos Santos, de 57 anos.
Ele foi socorrido ao hospital do Município com luxação no ombro e escoriações na perna e na cabeça e recebeu alta ainda na noite de ontem (8), por volta das 22h. Ainda conforme Tiago, um quinto trabalhador estava no local do acidente, mas ele não sofreu nenhum ferimento.
Acidente
O rompimento de parte da estrutura da Barragem de Atalho, em Brejo Santo, ocorreu durante testes na tubulação. Contudo, o coordenador geral esclareceu que o procedimento cumpriu padrões técnicos.
“O teste estava sendo feito na tubulação, sequer havia fluxo. A tubulação estava cheia porque o teste deve ser feito dessa forma. Houve um deslocamento da tubulação e com a carga d’água que já existia houve o falecimento de três vidas”, explicou o representante da Pasta.
Conforme Tiago, a finalidade dos testes era “botar em operação a estrutura, enviar água e continuar o enchimento das estruturas de posição do Rio São Francisco no Eixo Norte”.
A empresa responsável pela obra na Barragem só será acionada após a identificação do que teria causado o rompimento, acrescentou Portela. “No momento só podemos relatar o que aconteceu. Não vamos responsabilizar ninguém até sabermos o que de fato aconteceu”, observou o membro do Ministério que está no local do acidente, na região do Cariri.
Ele ressaltou ainda ser cedo para afirmar se a transposição das águas, até o Açude Castanhão, terá seu cronogorama afetado. O secretário de Segurança Hídrica, Sérgio Costa, deve chegar a Brejo Santo nesta tarde, conforme Tiago, que arrematou: “Não há riscos”.
Fonte: Diário do Nordeste
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